Engana-se quem pensa que planejamento tributário é uma preocupação somente de empresas e negócios. Essas organizações precisam de boas estratégias, sim, porém pessoas físicas também devem planejar seus pagamentos de tributos durante o ano. 

Esse planejamento se torna ainda mais necessário quando pensamos na realidade brasileira, na qual boa parte dos custos dos produtos e serviços é destinada ao pagamento de tributos. Existe um impacto grande no orçamento por parte dos impostos. 

Vamos entender, então, como funciona o planejamento tributário pessoal e descobrir algumas dicas para que ele seja mais efetivo e eficaz. 

Pessoa física faz planejamento tributário?

Como já vimos acima, faz sim. Essa é uma estratégia para gerir melhor o pagamento de impostos e, com isso, diminuir os gastos e reduzir o impacto que os tributos podem causar no orçamento pessoal. 

Existem diversos tributos que são cobrados e, muitas vezes, sequer são notados. Existem impostos sobre o consumo, embutidos nas compras do cotidiano, sobre a propriedade, como IPTU e ITR, sobre a renda e sobre a folha de pagamento. 

Com tantos pagamentos, manter um planejamento é a melhor maneira de ter uma vida financeira mais estável, organizada e preparada para possíveis imprevistos. Somente quando você passa a prestar atenção nos tributos que paga é possível traçar uma estratégia para diminuir esses custos.

Dicas para seu planejamento tributário pessoal

Investigue o quanto você paga de impostos. Essa etapa de analisar seus gastos e padrão de consumo para determinar o quanto de imposto você paga é primordial para fazer um bom planejamento tributário. Faça isso somando os tributos pagos sobre a renda, sobre a propriedade e sobre a folha de salários no ano anterior. Inclua os demais impostos, como IPTU e IOF.

Organize seus comprovantes para o Imposto de Renda. Todas as despesas que forem dedutíveis devem ter seus comprovantes guardados para o momento de cálculo do Imposto de Renda. Isso inclui despesas médicas, com educação, contribuição em previdência privada, entre outras.

Se possuir CNPJ, use a seu favor. É possível utilizar uma pessoa jurídica para diminuir a proporção de impostos pagos. Um exemplo: uma pessoa física paga quase 30% de IR sobre rendimentos recebidos de empresas, porém o MEI (Microempreendedor Individual) paga somente a guia única mensal (DAS) para suas vendas e para emissão de nota. 

Você investe? Busque opções com menores tributações. Para quem investe em renda fixa, por exemplo, uma opção para se livrar de impostos é optar por letras de crédito (LCI/LCA). Porém, é importante ter em mente que a isenção de taxas pode não ser suficiente para fazer o investimento valer a pena, por isso avalie todos os aspectos. 

Por fim, entenda o quanto paga de impostos no dia a dia. Observando as notas fiscais é possível descobrir qual a taxa de tributação gerada em cada compra. Essa informação pode ser importante para tomar decisões futuras com mais embasamento, buscando alternativas com menores impostos.

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